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Coronavírus - os impactos nas indústrias e na economia

Já não é novidade que o COVID-19 vem causando sucessivas quedas nas bolsas de valores pelo mundo, e que deve provocar ainda um tombo no crescimento econômico do mundo ainda em 2020. Aqui no Brasil, os choques de oferta e as demandas que surgiram após a disseminação da doença provavelmente irão frear a nossa retomada de economia, gerando frustração sobre a expectativa de que, após um pequeno crescimento do PIB em 2019, a atividade econômica pudesse ter mais vigor este ano.

Segundo o diagnóstico feito pela Instituição Fiscal Independente, divulgado nesta semana, dependendo da extensão dos choques e das medidas de política econômica que for adotada pelos países, poderá ter um aumento do desemprego. O que é preocupante para o nosso país, já que temos em torno de 12 milhões de desempregados.

Ainda sobre o diagnóstico, o mesmo aponta quais os principais vetores que fazem minar a recuperação da nossa economia, junto ao COVID-19:

 

 1. Redução das exportações

O relatório destaca que especialmente as commodities metálicas, utilizadas em processos manufatureiros e no setor de construção civil, devem sofrer com a desaceleração da economia mundial. Um dado preocupante para o Brasil, já que esse tipo de produto é parte importante das exportações brasileiras.

 

2. Restrição das importações de bens intermediários

O novo coronavírus também está afetando a produção da indústria brasileira em outros setores, já que boa parte dos bens intermediários para a produção de eletroeletrônicos, veículos, equipamentos e para a indústria farmacêutica vêm da China. Assim, a restrição às importações tende, segundo a IFI, a afetar a indústria de transformação nacional.

 

3. Fuga de capitais

O terceiro efeito negativo já estava sendo visto antes do COVID-19 chegar aqui. Isso porque, em contextos de incerteza, a tendência é que os investidores deixem seus recursos em ativos considerados mais seguros, como países e moedas com resultados mais sólidos.

Ao contrário desses países, o Brasil é classificado como volátil e cercado de incertezas, o que provoca o chamado fuga de capitais. Esse tipo de processo tender a gerar fortes depreciações cambiais, como está acontecendo agora com o nosso real em relação ao dólar.

 

4. Queda na arrecadação de royalties e participações

Com a redução de demandas nos países, a tendência é que se tenha menos deslocamento entre as regiões e assim, o preço do petróleo tende a despencar. O relatório feito pela IFI explica que para que se tenha royalties e participações dos municípios, estados e União dependem da cotação do petróleo e por isso, essa queda no preço pode afetar diretamente as contas públicas e pode, nos estados, diminuir também a arrecadação com o ICMS.

 

 Neste momento de pandemia e crise, além de se prevenir é necessário acompanhar as mudanças e tentar driblar a crise em seu negócio!